sábado, 20 de março de 2010

Rei Arthur e o cinto de castidade

Dias antes de partir para as Cruzadas, o Rei Arthur vai até ao mago
Merlin e pede-lhe para fabricar o melhor cinto de castidade que
pudesse, para que nenhum cavaleiro da guarda real pudesse atentar
contra a virtude de sua bela esposa.

Merlin cumpre as ordens do soberano e dias depois volta com um cinto
que, contrariando todas as expectativas do soberano, possui um
orifício exatamente onde não deveria ter, o que provoca a ira do Rei.

- Merlin! O que é isso?

- Veja bem, Majestade, - explica-lhe o Mago, mostrando por dentro do
orifício uma pequena guilhotina com uma lâmina afiada. Ela funciona
assim que se introduz algo no buraco.

- Ah, bom! Excelente, meu caro Merlin! Um belo trabalho. Tragam-me a
Rainha - ordenou o Rei - para que possamos instalar nela imediatamente
essa geringonça!

Três anos depois, Arthur volta das Cruzadas. Ao chegar a Camelot, convoca todos os cavaleiros da guarda:
- Vamos lá! Baixem as calças! - ordenou o Rei. Todos os cavaleiros alinham-se em frente ao monarca e baixam as calças.
Para horror e indignação do Rei, todos estão amputados!
Todos, exceto o fiel Lancelot.
O Rei, vendo que seu amigo não o traiu, emocionado, segura-o pelos ombros e diz:

- Lancelot, estou orgulhoso de ti! Enquanto nenhum dos outros resistiu à tentação, você conseguiu controlar teus impulsos.
Em agradecimento à tua lealdade, concedo-te o que quiseres. Faz a tua escolha.
Mas Lancelot nada dizia, apenas fitava, assustado, os olhos do Rei.
Diante do silêncio de seu fiel cavaleiro o Rei esbravejou:

- Que foi, Lancelot? Perdeu a língua?

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